Borko (1968) descreveu que a Ciência da Informação
(CI) é como uma disciplina que investiga as propriedades e o comportamento da
informação, as forças que governam seu fluxo, e os meios de processá-la para
otimizar sua acessibilidade e uso. Está ligada ao corpo de conhecimentos
relativos à origem, coleta, organização, estocagem, recuperação, interpretação,
transmissão, transformação e uso da informação. Tem um componente de ciência
pura, através da pesquisa dos fundamentos, sem atentar para sua aplicação, e um
componente de ciência aplicada, ao desenvolver produtos e serviços.
Por sua característica de ciência interdisciplinar, a CI deriva-se e associa-se a outras áreas do conhecimento, como Ciência da Computação, Comunicação, Administração, Informática, Matemática, Lógica, Lingüística, Psicologia, Pesquisa Operacional, Análise de Sistemas, Artes Gráficas, Educação, Biblioteconomia, Arquivística, entre outras. Assim, a biblioteca tradicional e a documentação não são mais do que aplicações particulares da Ciência da Informação. Entre um extremo e outro do processo de produção/utilização da informação, situam-se técnicos e especialistas que processam a informação contida nos diversos documentos, reunindo-a, canalizando-a, tratando-a, selecionado-a, difundindo-a, armazenando-a e recuperando-a, facilitando, assim, o trabalho dos usuários, que podem ter acesso a informação de que precisam, nos mais diferentes suportes e nas mais variadas formas de distribuição.
Por sua característica de ciência interdisciplinar, a CI deriva-se e associa-se a outras áreas do conhecimento, como Ciência da Computação, Comunicação, Administração, Informática, Matemática, Lógica, Lingüística, Psicologia, Pesquisa Operacional, Análise de Sistemas, Artes Gráficas, Educação, Biblioteconomia, Arquivística, entre outras. Assim, a biblioteca tradicional e a documentação não são mais do que aplicações particulares da Ciência da Informação. Entre um extremo e outro do processo de produção/utilização da informação, situam-se técnicos e especialistas que processam a informação contida nos diversos documentos, reunindo-a, canalizando-a, tratando-a, selecionado-a, difundindo-a, armazenando-a e recuperando-a, facilitando, assim, o trabalho dos usuários, que podem ter acesso a informação de que precisam, nos mais diferentes suportes e nas mais variadas formas de distribuição.
Foskett (1980) privilegiando a CI no aspecto de
sua inserção nos campos da ciência, diz que é uma disciplina que surge de uma ´fertilização cruzada´ de ideias que
incluem a velha arte da biblioteconomia, a nova arte da computação, as artes
dos novos meios de comunicação e aquelas ciências como psicologia e linguística
que, em suas formas modernas, têm a ver diretamente com todos os problemas da
comunicação – a transferência do conhecimento organizado.
A informação se caracteriza,
enquanto objeto da CI, pela função que lhe é atribuída, ou seja, uma utilidade
informacional em algum momento para algum segmento institucional. Uma vez
atribuída uma utilidade informacional ao objeto, em decorrência o mesmo deve
ter sido registrado (para sua utilização no futuro) e armazenado de forma tal
(organizado) que possa efetivamente ser encontrado quando buscado. Esta
definição é restritiva, mas nos parece mais produtivo (construir conhecimento)
neste sentido ao invés de adotarmos uma visão muito abrangente e nada
conseguirmos avançar num universo que se diluirá em diferentes áreas do
conhecimento.
Um profissional de CI detém conhecimentos teóricos
e domina fundamentalmente conceitos e procedimentos que podem ser utilizados em
uma série de situações que pressupõem a necessidade da organização, manipulação,
disponibilização e uso da informação. Enfatizando o domínio sobre uma área do
conhecimento e o espectro de atividades em que o profissional da informação
pode atuar o produto gerado potencializa consideravelmente o resultado.
Lima (2003) comenta que a CI apareceu como uma
nova área do conhecimento a partir da revolução técnico-científica posterior à
II Guerra Mundial. O grande volume de informações gerado no crescente número de
áreas do conhecimento passou a demandar um nível maior de organização
informacional. As questões relativas à Recuperação da Informação (RI) desencadearam
a busca da construção de um edifício teórico, empírico e prático no qual se
pudesse abrigar a CI. São exemplos desse progresso a evolução de sistemas,
técnicas e máquinas para recuperação de informação, assim como os estudos
teóricos e experimentais sobre a natureza da informação; a estrutura do
conhecimento e seus registros; os usuários da informação; o comportamento
humano diante da informação e sua utilização; a interação homem-computador; a utilidade e obsolescência da informação; medidas e métodos de
avaliação dos sistemas de recuperação; economia, impacto e valor da informação,
entre outros. Além disso, o desenvolvimento epistemológico da CI propiciou e
influenciou a emergência e a evolução da indústria informacional, a partir do
pragmatismo observado na aplicação empresarial da RI.
Na Era da informação e com o desenvolvimento tecnológico,
o modelo da mente humana começou a ser associado ao computador. O cérebro e a
mente humanos, por sua vez, têm sido comparados ao disco rígido e softwares dos
computadores: "O cérebro é somente um computador digital e a mente é
somente o programa de computador" (SEARLE, 1984).
Para finalizar, Lima (2003) explica que na
interseção da ciência da computação com a CI, tendo como base a aplicação dos
computadores e da computação na RI, destacam-se as áreas da inteligência
artificial (IA) e da interação homem-computador. A IA busca reproduzir a
atividade mental do homem em tarefas como a compreensão da linguagem, a
aprendizagem e o raciocínio. Essas tarefas estão associadas à CI e à CC no
padrão de representação e nas atividades de processamento da informação,
estabelecendo limites nos modelos de construção da representação do
conhecimento.
BORKO, H. Information science: what is it? American
Documentation, v. 19, n. 1, p. 3-5, 1968.
FOSKETT, D. J. A
ciência da informação como disciplina emergente: implicações educacionais: ciência
da informação ou informática. Rio de Janeiro: Calunga, 1980. p. 53-69.
LIMA, Gercina Ângela Borém. Interfaces entre a ciência
da informação e a ciência cognitiva. Ci. Inf. [online]. 2003, vol.32, n.1, pp.
77-87. ISSN 0100-1965. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-19652003000100008.
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