De
acordo com Kent (1967) na linguagem do ofício, a palavra informação (aqui no
sentido de Inteligência) não é apenas utilizada para designar os tipos de
conhecimentos que discutimos e o tipo de organização que as produz, é usada como
sinônimo da atividade que a organização desempenha.
Prossegue o autor dizendo que é
a informação como processo, e a preocupação primordial é com o grande número de
problemas metodológicos, de diversas naturezas, características do processo de
produção de informações.
O
conhecimento que deriva do processo de produção de informações tem duas
utilizações: i) serve para o uso preventivo ou defensivo, uma vez que alerta
com antecipação dos problemas e dos desígnios do adversário que pode estar
agindo contra a organização; ii) serve também para o uso positivo e antecipado
da própria política ativa externa ou da estratégia administrativa da
organização.
Mas,
o que há de importante perceber é que, qualquer que seja a diversidade de sua
utilização, o conhecimento é produzido por um processo de pesquisa.

Os
processos de pesquisas, particularmente os de produção de conhecimento em
organizações policiais, são iniciados de duas maneiras principais.
Primeiro,
quando os dirigentes e elaboradores da política começam a formular algo novo
para tornar eficiente a missão institucional, e nesse caso devem pedir as
informações antecedentes (devia ser feito com mais frequência). Isto significa
estimular o pessoal da inteligência a se lançar sobre uma pesquisa e a um
processo de levantamentos com objetivos específicos. Segundo, quando os agentes
do processo de inteligência são levados por seu próprio trabalho sistemático e
contínuo de levantamentos sobre determinados temas considerados relevantes para
a política de segurança.
Levantamento, tem o significado de observação do que acontece dentro e fora da organização e
a tentativa deliberada de descobrir o sentido dos acontecimentos. O processo
real de observação tem lugar no ambiente organização e pode ser feito de forma
ostensiva, velada, virtual ou de todas as maneiras associadas.
E
alguns países estrangeiros, as organizações de aplicação da lei fazem isso de
forma massiva (principalmente em fontes abertas) com departamentos e
uma multidão de funcionários ostensivos e outros credenciados, cujo dever é
monitorar os acontecimentos e manter-se atento e relatar o que apreenderem.
Cada um deles tem seu campo especial de interesse e competência e mantém seus chefes
a par das novidades em tempo real e com antecipação. O trabalho deve ser
suplementado com atividades de operações de inteligência por meio de agentes em
campo ou recrutadores encobertos para descobrir e relatar os assuntos que são
mais difíceis de verificar abertamente.
KENT,
Sherman. Strategic Intelligence. Biblioteca do Exército. 1967.
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