A imensa existência de
dados disponíveis no ambiente virtual levou à criação de uma nova indústria para os grupos
criminosos, cujo produto é a "subtração de identidades". De acordo com o Serviço de
Pesquisa do Congresso Norte Americano, em 2012, as fraudes que envolvem subtração
de dados pessoais nos EUA custaram à população cerca de 21 bilhões de dólares
e consta que mais de 13 milhões de indivíduos foram vítimas anualmente, ou
seja, cerca de um indivíduo a cada 02 segundos.
Todos sabem que a subtração de informações pessoais é um ato preparatório para uma série de outros crimes, como fraude financeira, fraude de seguros, fraude fiscal, fraude previdenciária, estelionatos diversos e até mesmo para financiar o crime organizado. O crescimento de dados pessoais publicados e disponibilizados na web está levando a um crescimento exponencial do crime online.
Nos EUA as crianças são o
grupo de maior crescimento entre as vítimas. Elas são particularmente
vulneráveis. Por não contarem com sistemas de alerta como o adulto. Se alguém,
de forma fraudulenta, lançar R$ 1.000,00 (mil reais) em seu cartão de crédito,
voce provavelmente perceberá o problema na próxima fatura, mas as crianças não
recebem faturas de cartão de crédito.
Os ladrões de identidades
de crianças podem usa-las até por 18 anos e, somente quando esses jovens
adultos solicitarem crédito para si mesmos, ou abrir uma conta corrente,
descobrirão que seu histórico foi destruído por criminosos.
Os jovens cada vez mais
utilizam de registros em ambientes virtuais inserindo seus dados pessoais e
fotografias. Até a sua adolescência são alvos do crime e tornando-se vítimas
fáceis de perseguidores, assediadores, pedófilos e negociadores de órgãos. Os predadores de crianças têm usado a
tecnologia de maneira muito eficaz para perseguir suas presas geralmente para
fins de abuso sexual.
Como já deve ser óbvio,
há inúmeros riscos provenientes da massa de dados que cresce ao nosso redor.
Estamos diante de uma avalanche de atos e golpes de toda ordem graças aos
computadores que carregamos conosco o tempo todo, os telefones celulares.
GOODMAN, Marc. Future
Crimes. Editora HSM. 2015
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